Banda HINO MORTAL

Em 1978 ele formou a banda NAI (Nós Acorrentados no Inferno),

que posteriormente mudou de nome para CONDUTORES DE CADÁVERES, (contando

com Clemente que posteriormente fundaria o Inocentes, Calegari (do 365) e Helinho.

A procura de um som mais agressivo e correlato às suas letras, que desde sempre

atacaram de forma furiosa a hipocrisia religiosa (CAMPOS RELIGIOSOS e AVE MARIA), a

brutalidade policial (POLÍCIA), cultura de rua (GANGUES), abusos pelo mau uso da

ciência (CÂNCER) e contra o autoritarismo, repressão e violência do Estado e capitalismo

selvagem (DESEQUILÍBRIO, BRASIL ou REVOLTA CIVIL), INDIÃO vai para o ABC e, em

1981, recruta Ricardo (da banda SUBMUNDO, que mais tarde se tornaria o GAROTOS

PODRES), e os irmãos Laércio “RATO” e Sidney “RATINHO”, já veteranos no punk desde

finais dos anos 70 (TRUTAS, entre outras bandas). Nascia o HINO MORTAL, pregando a

liberdade, a anarquia e a desobediência civil.

A explosão do PUNK e HARDCORE no ABC e SÃO PAULO, ligada às diversas

manifestações da classe operária, num ambiente de fábricas, repressão militar e

ditadura, tiveram sua trilha sonora mais autentica e verdadeira pelas mãos das bandas

punks da época. Mesmo entre as guerras entre gangues na época, o HINO MORTAL tinha

respeito e admiração dos punks, transitando entre o ABC e SÃO PAULO, levando sua

mensagem de forma honesta e jamais sem curvando ou se vendendo às grandes mídias

para obter sucesso